São Pedro é o projecto de uma casa, lugar de um casal de reformados que tem a família como tema central.

O polígono é regular, os limites bem definidos e a intenção inequívoca: abrir a casa ao exterior, e levar até si praia, céu e mar.

O volume simples e puro traçou o tom da intervenção. Pensamento e (des)construção escavaram entradas de luz. Os elementos da natureza — areia, água, vegetação — imprimiram no espaço um tom intimista bem como um ambiente quente e suave, enquanto identidade da casa.

Com a clara intenção de ocupar o espaço de modo a tirar o maior partido das suas características espaciais, orientação e integração na malha existente, a habitação faz-se em dois pisos, ora cheios ora vazios, onde a luz invade e modera forma, textura e cor.

No piso 0 os espaço sociais e no piso superior, os quartos. O espaço social estende-se visualmente além dos limites físicos da volumetria, numa estreita relação com o exterior e com a piscina que se desenvolve a sul acompanhando toda a dimensão lateral do projecto proposto.

O jardim abraça os quatro alçados e enfatiza uma ligação permanente com o interior. Rasgos a nascente convidam a entrar. Janelas quadro a poente e norte incitam a permanecer. Vãos de maior dimensão a sul convocam a copiosa e impaciente vegetação para uma valsa que se faz entre luz e sombra, com o lugar em que se habita.

A construção começará em breve.